terça-feira, 27 de setembro de 2011

O parâmetro da economia chinesa


A China é hoje um país com dois sistemas econômicos conjugados por um único sistema político, a ditadura de partido único, que ainda persiste. Sua economia é definida como “socialista de mercado” pelos seus próprios dirigentes. A China é a economia que, ao longo dos anos 90, mais tem crescido no mundo. O país já é uma das maiores economias do planeta e cada vez mais o mercado mundial é invadido por produtos chineses.

Politicamente o país permaneceu por muito tempo desorganizado, onde haviam lideranças isoladas em alguns pontos de seu território, fragmentando assim o poder político como um todo. Esse quadro despertou o interesse de capitais estrangeiros, que aproveitaram o caos político, existência de grande quantidade de matérias primas e a grande oferta de mão de obra barata, para instalarem indústrias em grandes centros urbanos do país. Mesmo assim a China continuava sendo um país atrasado em termos de industrialização própria, pois na verdade o capital estrangeiro dominava.

Entre a intelectualidade chinesa, desiludida com a ideologia liberal e diante da impossibilidade de desenvolvimento dentro de um modelo capitalista dependente, ganharam força as idéias revolucionárias. Além de receber influência da Revolução Russa, essas idéias juntavam-se agora aos sentimentos nacionalistas que fizeram surgir, em 1921, o Partido Comunista Chinês, tendo como um dos fundadores Mao Tse-Tung, seu futuro líder.

A Revolução Chinesa de 1949 foi um grande divisor de águas na história do país, e isso já ficara evidente quando Mao Tse-tung, em discurso feito durante a proclamação da República, afirmou para uma multidão em Pequim: “O povo chinês se levantou (...); ninguém nos insultará novamente”. No início do novo regime revolucionário, a China utilizou, até por falta de opção, o modelo político-econômico vigente na extinta União Soviética. Politicamente, implantou-se um regime político centralizado sob o controle do Partido Comunista Chinês, cujo líder máximo era Mao Tse-tung.

Economicamente, como resultado da coletivização das terras, implantaram-se gradativamente as comunas populares, que seguiam em linhas gerais, o modelo dos KOLKHOZES (Cooperativa agrícola da extinta União Soviética em que o Estado confiou parte das suas terras aos seus membros, com usufruto perpétuo e gratuito, o que os tornava co-proprietários) soviético. O Estado passou a controlar também todas as fábricas e recursos naturais. Como resultado disso tudo, a economia da China cresce a uma taxa média de 9% ao ano. Com certeza, uma das taxas mais altas do mundo.

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